quarta-feira, 13 de maio de 2009

Pablo de Neruda


A minha casa na aldeia

Morre lentamente

Morre lentamente quem não viaja; quem não lê; quem não houve música; quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente quem destrói o amor-próprio, quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de marca, quem não se arrisca a vestir uma nova cor, ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os “is” em detrimento de um remoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos sem bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás dum sonho, quem não permite, pelo menos uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou chuva incessante.
Morre lentamente quem abandona um projecto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples facto de respirar

“Pablo Neruda

segunda-feira, 11 de maio de 2009




Menino reguila

De boné ao lado
Sorriso rasgado
Lança o peão
De guita na mão

Voas no sonho
Com ar risonho
De alegria
E fantasia

Com um beijinho
De muito carinho


Rosa Leitã
o

Internet a nova tecnologia

Artigo para o Blogue no âmbito da Formação Cultura, Língua e Comunicação
Formadora: Dra. Carla Laranjeira

Reflectindo sobre:
O artigo “Internet, a nova Sociedade da Informação” com exploração para o Módulo de CLC_5

A Internet é sem dúvida alguma, o fenómeno da tecnologia mais útil do fim do séc. XX e séc. XXI.
Os livros têm algo de afectivo, existe um gosto no toque, no cheiro do livro novo e ao mesmo tempo no cheiro do livro envelhecido, a ilustração é arte, o prazer da sua companhia é algo de belo e ao mesmo tempo estranho, um objecto ser companhia de alguém… mas não existem dúvidas, que assim o é. Um livro é um amigo que dá prazer, dá saber, é o refúgio das pessoas que estão sós, e é um amigo que quando temos necessidade nos viramos para ele, e nunca se cansa, nem se satura da nossa solidão do nosso azedume e é fiel.
Não sei, que seria do mundo sem o livro é insubstituível. Tal como as tecnologias o são, cada qual com a sua função, as tecnologias no sentido da utilidade e o livro no dos afectos, jamais se misturam, o mundo será melhor com os dois, não sobrevive sem eles.
Não sinto como que seja ”a máquina tecnologicamente mais eficiente que o homem jamais inventou” in Herman Norton Frye (1912-1991), crítico literário. É preciso recuar no tempo para perceber que não havia esta sociedade da tecnologia tal como a temos hoje, nem esta teia de informação virtual. Mesmo em sentido figurativo porque o é, acho um exagero porque um livro é uma fonte infinita de transmissão de saberes e de comunicação, mas não tecnologicamente eficiente. Um livro está mais perto do coração que as máquinas, sejam lá quais forem, no meu ponto de vista.
Máquinas são máquinas, que seria de nós sem elas, nos dias de hoje, todo o mundo ficaria louco.
A Internet traz-nos tudo a casa, esta teia é fascinante, a forma como tudo está coordenado, a forma como chega até nós, a democratização deste meio é de uma importância infinita.
“Trata-se de um programa da missão da NASA em Marte, sendo o seu objectivo, numa primeira fase, estabelecer uma rede entre Terra e Marte. No futuro, o sistema permitirá a existência de redes no espaço, interligando robôs satélites e veículos espaciais” In artigo de CLC_5. Isto sim é a máquina tecnologicamente mais eficiente que o homem já inventou.
O crítico literário Herman Northorp Frye não chegou até aqui para ver, que não é bem assim, não sentiu a democratização da Internet, e a história é mesmo assim, constrói-se todos os dias.
Para mim o livro é a máquina mais afectiva, mais cheirosa e aquela que me percepciona no meu tacto um prazer muito especial.

10 de Maio de 2009
Formação:
Técnica de Acção Educativa
Reflexão para Blogue CLC

As Tecnologias de Informação e Comunicação são sem dúvida o meio mais democrático da comunicação, pois dão a possibilidade de conhecimento da cultura, a uma grande maioria de pessoas. Os cibernautas têm através das tecnologias de Informação e Comunicação conhecimento da existência de um elevado número de assuntos interessantes. São as novas formas de comunicar e de estarmos sempre comunicáveis.
"A reinvenção da arte através do Ciberespaço" é um exemplo disso. Leva a arte até onde era impensável ir à alguns tempos atrás, tendo assim dado um contributo na difusão da Arte e onde todos ganham: a Arte, não pode ir muito longe enquanto estiver reservada quase só aos investidores e aos intelectuais, a Arte é para todos, cada qual a sente à sua maneira. Havendo desconhecimento não se ama, só se ama o que se conhece. A Arte difundida desta forma vai ao pormenor, não é uma sensação igual, ao estar no espaço físico com a obra, mas ao mesmo tempo divulga-a e leva-a a massas. Quando vimos a obra directamente com a nossa análise, tendo como perspectiva a luz, idealmente será luz natural é maravilhosa a sensação quando essa obra nos apaixona. A mesma obra ao nos ser apresentada em computador, já teremos uma visão algo distorcida porque a obra de arte já foi fotografada em condições de luz diferentes das que a nosso olhar nu, tem. É que para fotografar é necessário mais luz, que a que o nosso olhar precisa e assim poderá ser vista com outro prazer.
No meu ponto de vista, a arte vista no espaço afectivo da obra tem a infinita vantagem de se respirar frente a frente, com a obra e de se sonhar. Quem puder ter acesso à Arte de forma pura aconselho. Quem não puder, vê-la na Internet …também é óptimo, pois tem-se a oportunidade de ver obras que nunca teríamos a oportunidade de as ver, e com mais esclarecimento
Rosa Leitão
10/05/2009
Sonhar para lá do horizonte

Em criança para mim o mundo
Era o que via no horizonte
Tinha um desejo profundo
Ver o que estava, para além do monte

Em criança não tinha televisão
Tinha os campos e os pássaros a chilrear
O Mundo, o meu Mundo estava à mão
Punha a imaginação a voar

Meu saber era a escola
Os livros escolares meu tesouro
Minha tecnologia ia na sacola
Meu saber era ouro

Pensava como seria o mar
Como seria Lisboa
Queria até lá viajar
Ver se lá a vida era boa…

Vi no Tejo uma canoa
Perfume de castanha assada
Ali era Lisboa
Cidade minha, adoptada…

Poesia da minha autoria
Tudo para dizer, que o sonho que um dia tive de eu vir para Lisboa era muito grande….

A CIDADE QUE ADOPTEI E É A MAIS LINDA DO MUNDO SOU FASCINADA PELA SUA BELEZA E PELA SUA LUZ